Representações sobre o fracasso escolar

Meu nome é Flávia.

Sou professora de nossa língua materna há 12 anos na mesma escola. Trabalho com alunos do ensino fundamental II.

Ano a ano me questiono ainda mais na tentativa de entender o que acontece com estas crianças, pois cada vez mais as recebo menos preparados na leitura, na escrita, na compreensão e na produção de textos.

Percebo ainda mais: desmotivação, desinteresse, dificuldades, defasagens de conteúdos, famílias que buscam ajuda na escola que também não está preparada para auxiliá-los como precisam na educação dos próprios filhos...

Em discussões sobre currículo para os próximos quatro anos e as mudanças e/ou adequações para o ensino de nove anos, acho difícil pensar em “que alunos queremos?” já que não conhecemos quais as principais defasagens e quais alunos receberemos no (s) próximo (s) ano(s).

A educação passa por um período histórico importante e para o professor responsável e compromissado com a sua função, precisa buscar a união entre os dois níveis do ensino fundamental.

Somente depois desta adequação, poderemos pensar no aluno que receberemos, quais suas reais dificuldades, quais as possibilidades que cada criança terá em dar continuidade, de fato,  em seus estudos com todos os seus direitos garantidos por lei, inclusive no acompanhamento de uma equipe diversificada de profissional que poderá contribuir no  desenvolvimento pleno de suas potencialidades.